Li numa revista, este texto que vou postar, do Jornalista LUÍS MAIO, do qual muito gostei e vou transcrever!
Portugal é um dos destinos turísticos mais concorridos e pretigiados da actualidade.
Mas é também um país pequeno e já antigo, que não parece mais guardar segredos na cartola.
Há, porém, todo um reportório de crenças, enredos e codificações, de que hoje já quase ninguém ousa falar, mas que decididamente emolduram a terra e as obras deste triângulo peninsular.
Significa que há um Portugal por descobrir, ou redescobrir, uma mão cheia de "novidades", suscetíveis de fascinarem tanto quem chega cheio de expectativas, como quem parte com a ilusão de que leva o País no bolso.
Começa pelos Monumentos comuns às excursões turísticas, na maior parte dos casos ricos em conotações místicas, agora raramente mencionadas como mais que piadas.
É o caso por excelência do Mosteiro dos Jerónimos, um dos edifícios mais emblemáticos da Capital.
Inauguração: 1601 Endereço: Rua Jerónimos 3, 1400 Lisboa Telefone: 213 620 004 Estilos arquitetônicos: Estilo manuelino, Plateresco, Arquitetura do Renascimento |
As obras arrancadas em 1501, no preciso lugar que o Infante D. Henrique, supremo arquitecto dos Descobrimentos, identificou, como aquele onde devia nascer ou regressar o Cristo Iniciado.
O próprio Mosteiro foi construído num estilo manuelino que ostentivamente misturou símbolos cristãos e pagão, incluindo as lendárias "Mãos de Deus" inscritas em duas colunas que os navegadores e pescadores ganharam o hábito de tocar, antes de se aventurarem nos mares.
Os Jerónimos podem ser a estação mais famosa da geografia de Lisboa, mas há obras místicas disseminadas um pouco por todo o país.
Portugal tem mesmo uma cidade inteira respondendo a um plano esotérico.
Chama-se TOMAR e foi desenhada por Gualdim Pais, o mais famoso mestre da Ordem do Templo.
Fundada em 1160, Tomar segue o arquétipo urbanístico da mentalidade iniciática, sendo nessa medida escalonada em Polis, Acrópole e Panteão.
Para além das atracões tradicionais, a pista esotérica oferece a oportunidade de descobrir joias naturais e patrimoniais, apelativas tanto aos que procuram sentir os símbolos, como dizia Fernando Pessoa, como àqueles que procuram tocar Portugal profundo.
Vai da profusa teia de santuários pré-cristãos esculpidos na pedra em paisagens espalhadas por aldeolas remotas fora da maior parte dos mapas (principal concentração do Vale do Sousa).
Portugal tem também essa dimensão mística, que foi dissipando ou mesmo recalcando na modernidade, mas que é consubstancial à sua Cultura.
Um Portugal mágico que hoje dá gosto (re) descobrir.
UM PAÍS QUE TÊM A MAIS LINDA BANDEIRA DO MUNDO! (digo eu).
As origens do carnaval de Veneza remontam ao governo do doge Vitale Faleir (1084 – 1096), que o instituiu oficialmente através de um decreto datado de 1094. A palavra tem origem na expressão latina carnis laxatio, cujo significado é “abandono da carne”. Originalmente, o vocábulo teria sido associado a um comportamento casto dos penitentes, no início da Quaresma, como uma espécie de purificação antes dos ritos pascais.
Em 1296, a terça-feira anterior à Quaresma foi declarada feriado pelo Senado, oficializando assim a criação da festa popular que já estava sendo chamada de Carnaval.
Nos anos seguintes, a festa cresceu a tal ponto que durava meses: o carnaval começava nos primeiros dias de outubro ( início da temporada teatral), era suspenso durante o Advento ( tempo litúrgico que, na Igreja Católica, corresponde às quatro semanas anteriores ao Natal), recomeçava em 26 de dezembro para terminar na terça-feira anterior à Quaresma.
Para celebrar o carnaval em plena liberdade, os venezianos usavam túnicas e vestes que os protegiam dos olhares curiosos e lhes permitiam cometer todo tipo de excesso. A máscara protegia os rostos e eliminava a diferença entre sexos e classes sociais. A festa era completada pela presença de saltimbancos, músicos, atores, operadores de marionetes, comediantes, adestradores de animais, que se misturam pela cidade, além da profusão de peças teatrais e grandes banquetes que se espalhavam pela cidade.
Uma das atrações mais famosas do carnaval veneziano é a chamada “O Vôo da Colombina”, que era, na verdade, um escravo descendo por uma corda presa ao campanário da igreja de São Marcos até o centro da praça. Posteriormente, o escravo foi substituído por um acrobata e, finalmente, por uma pomba (em italiano, colomba) de madeira , que jogava flores sobre os animados pedestres.
AS MÁSCARAS DO CARNAVAL DE VENEZA
Os personagens que fazem grande sucesso no carnaval veneziano são aqueles que tem sua origem no teatro, com a Commedia dell’arte. Chamado ainda de all’improviso (de improviso) ou a soggetto (de repente), esse gênero nasceu na Itália no final do século XVI e espalhou-se pela Europa, principalmente na França, durante os dois séculos seguintes.
A desfolhada é um trabalho agrícola em que se retira a espiga (ou maçaroca) da planta, que se chama milho. Embora possa parecer uma festa, é um trabalho duro e cansativo, tanto para os adultos, homens e mulheres, como para os jovens e as crianças que, por essas aldeias fora, trabalham no campo.
A espiga é uma maravilha da Natureza. Pega numa e observa-a com atenção. É formada por muitos grãos a que damos também o nome de milho. Consulta «milho», no dicionário universal.
O cultivo do milho é uma tradição do Minho, Douro Litoral e Beira Litoral. Esta planta gosta muito de calor e água; por isso, é necessário muito trabalho para a regar. No Alentejo, que é a região mais seca de Portugal, há algumas áreas de cultivo de milho mas só onde a rega abundante é possível. A sementeira é feita nos princípios de Maio; em Junho é sachado para tirar as ervas daninhas e mondado.
A monda consiste em tirar dois pés de milho que estejam juntos, para que aquele que esteja mais forte se possa desenvolver melhor. Em Julho começam as regas. Há um sistema de regadio que, ainda hoje, é motivo de muitas zangas e até de acidentes graves. Quando o milho cresce, é-lhe cortado o pendão ou bandeira que é um óptimo alimento para o gado.
Nos fins de Setembro, princípios de Outubro cortam-se as canas do milho, que são transportadas para a eira no carro de bois. Na eira faz-se a desfolhada. À medida que se desfolha, vai-se amontoando as espigas em cestos de verga ou de costelas que, depois de cheios, são despejados no canastro ou espigueiro. Os jovens participam entusiasmados nas desfolhadas, sempre na esperança de encontrar milho-rei ou rainha para poderem dar um beijo ou um abraço à namorada.
O milho-rei é a espiga vermelha (quando a pessoa que desfolha encontra esta espiga, tem que dar um abraço a todas as pessoas presentes). A desfolhada ou esfolhada ou descamisada termina sempre com uma festa, com a merenda ao som das concertinas e de um baile que dura até largas horas da noite .
Texto baseado na Região de Turismo do Alto Minho
Onde está o milho-rei?