"BALAMENTO!"
Guardo boas recordações da Páscoa da minha Infância.
Lembro-me que jogava ao Balamento ", com o meu tio Gabriel!
Esse jogo consistia, e nós nos esconder-mos um do outro a ver quem dizia primeiro: "Balamento "!
O que ganhava ia contando quantos" Balamentos "já tinha. Quando chegava ao Sábado de Páscoa o que tinha perdido é que tinha de comprar um saco de amêndoas para dar ao que tinha ganho.
Acontece, que eu embora perdesse, ele é que me comprava sempre um saco pequenino com amêndoas, feitas cá na Ilha...eram bem saborosas!
Desde que me conheço, como pessoa, ou até ainda em criança, que cultivo o culto pelo Divino Espírito Santo.
Nasci e fui criada, muito pertinho do Império do Outeiro ( 1º da ILHA), e a festa sempre foi no primeiro Bodo.
Durante a semana anterior à festa, rezava-se o terço, no Império, e eu ia com a minha avó rezar o Terço.
Comecei a coroar , com tenra idade, penso que a partir dos 3 ou 4 anos.
Sou Irmã do Divino, e quando os meus filhos nasceram, inscrevi-os também como Irmãos do Divino Espírito Santo do Império do Outeiro.
Tenho muita fé no Divino, e sempre que preciso da sua Graça e Luz, recorro a ELE.
Desde domingo, que tenho cá em casa uma das coroas do Divino. Tenho uma lamparina com azeite a iluminar o Divino e todos os dias rezo o terço.
Costuma-se dizer: - A Fé é que nos salva!
Também tenho muita fé em Nossa Senhora de Fátima e em Nossa Senhora dos Milagres...mas o mais devoto é o Divino Espírito Santo.
Tenho algumas fotos, nas coroações, e lembro-me como se fosse hoje, que às vezes os sapatos apertavam-me muito nos pés, pois ficavam de um ano para o outro , mas eu não reclamava, pois gostava muito de ir nas coroações; primeiramente coroar, depois já mais velhinha ia aguentar as coroas às outras meninas.
São tradiçoes que mantenho com muito gosto e muita Fé!
Império do Outeiro, o primeiro da Ilha Terceira. o altar do Divino e a Coroa com o Septro
Eu a coroar, e na segunda foto, eu com o meu primo Ângelo, prontos para ir numa coroação.
Tenho boas recordações quando era criança, e fui criada com os meus avós paternos . Depois de a minha mãe falecer, eu senti-me muito só.
Mas uns tios meus, o irmão do meio do meu pai foi morar lá para casa, e e comecei a conviver com os meus dois primos, Ângelo Manuel e Maria João.
Eu tinha sete anos, o Ângelo cinco anos e a Maria João três anos.
Éramos uns primos muito unidos. Mais tarde nasceu mais um menino, o Carlos Manuel.
Os meus tios emigraram para o Canadá, e eu senti imensa falta dos meus primos.
A foto que vou postar, são os meus avós paternos, com os seus netos que tinham nessa época. O bebé que está ao colo da minha avó já é filho de outro meu tio, o Heitor Gabriel .
Guardo esta foto com muito carinho.
Tenho-a numa moldura em destaque na minha sala.
Eu sou a segunda das meninas, com a mão por cima do ombro da minha avó.
De entre inúmeros filmes que já vi, de alguns retenho bem presentes as imagens.
Há sempre algo que nos toca, quer seja pela positiva, ou até pela negativa.
Este marcou-me bem pela positiva, quer pelo romantismo, pela música e com os seus intérpretes, chama-se: "Preety Women".
Já o vi talvez mais de seis vezes, e nunca me canso de o ver.
O seu elenco conta com a maravilhoa intrepretação de Richard Geere no seu melhor!
Outro filme bem mais recente, com o mesmo actor, foi "Lets dance", o qual adorei, e quero vê-lo mais uma vez.
Tenho outros que destaco, como: "Casablanca," "As Palavras que nunca te direi".
E muitos outros, mas este é sem dúvida um dos meus favoritos!
Hoje vou escrever acerca de um Homem , que também foi muito importante na minha Vida!
Mais propriamente, na minha infância e adolescência .
Foi o meu padrinho de baptismo, Gaspar Borba Fagundes.
O meu padrinho era um grande amigo do meu pai, por esse motivo o convidaram para ser meu padrinho da pia.
Mais tarde, o meu padrinho casou . Nunca teve filhos.
Então pensou em adoptar-me.
Falou com o meu avô paterno que me estava criando, mas o meu avô não aceitou a proposta.
O meu Padrinho, foi sempre um padrinho muito presente.
Levava-me para a sua casa, a passear no seu carro, a ir com eles fazer piqueniques, e foi ele que me ensinou a dar as primeiras braçadas no mar, no varadouro do Porto das Pipas!
Mais tarde, foi ele que tratou de tudo, para eu ir trabalhar para a Base Americana.
Ele era lá empregado muito conceituado.
Era muito afável, muito alegre e divertido!
Gostava muito de dançar e dar uma boa gargalhada.
Quando os meus filhos eram pequenos, eu ainda frequentava bastante a sua casa. A sua esposa, Ricardina , sempre me tratou muito bem. Também era uma óptima senhora.
Com o tempo, a vida alterou-se...e naturalmente cada um se distanciou mais.
Mas sempre que ele me via, era uma alegria tamanha!
Ele sempre dizia: - "Tenho muitas afilhadas e afilhados, mas tu foste a minha primeira afilhada da Pia".E, eu pedia-lhe sempre a benção!
O meu querido e saudoso padrinho já faleceu. Morreu ainda novo.
Mas continua vivo e bem presente no meu coração.
Fico-lhe eternamente grata por tudo o que fez por mim.
Um terno e saudoso beijinho, padrinho, Gaspar!
O meu padrinho em jovem, vestido de militar.
Há quem não as tenha..
Eu, agradeço a Deus por ter boas recordações!
Quando me casei há quase trinta e seis anos (faz a 5 de Junho), nem todos os noivos tiravam fotos do dia do seu casamento.
Em 1971, ainda se tiravam a preto e branco. As nossas fotos estão em belíssimo estado.
Eramos os dois uns jovens muito belos!
Para além destas, da qual gosto muito, tenho outras no Album de Casamento.
Jorge e Francisca, no dia do seu casamento a 5 de Junho de 1971.
Dando seguimento ao post : "Boas Recordações", hoje vou falar dos meus filhos quando eram bebés.
O meu primeiro filho, nasceu a 23 de Março de 1972, e a minha filha, nasceu a 12 de Janeiro de 1975.
Fazem quase três anos de diferença de idade.
O meu filho, foi um bebé muito bom de criar.
Era calmo, comia, dormia e só chorava se tivesse fome, ou a fralda por mudar.
A minha filha, foi completamente diferente. Chorava muito. Nos primeiros quatro meses de vida, chorava de dia e noite.
Foi complicado, principalmente, porque eu levantava-me às seis horas da manhã, ia trabalhar para a Base Americana, e quantos dias, ia quase sem dormir!
Cheguei a estar a escrever os envelopes de vencimento dos empregados, e dar com a cabeça em cima da secretária, ou então a escrever já fora do papel.
Naquela época, não tinha os electrodomésticos que hoje parecem tão indispensáveis, tas como: varinha mágica, máquina de lavar roupa, nem de secar roupa, enfim era outro tempo.
Com o nascimento da irmã, o meu filho mudou o seu comportamento ( o que é normal), pois ficou enciumado com a chega da menina, e fazia travessuras, para chamar a atenção para ele.
Mas, hoje recordo como Boas Recordações, pois o tempo passou tão de pressa, que um dia acordei , e vi à minha frente dois jovens!
Dali por uns anos, que também passaram velozmente dei com dois adultos a casarem a abandonarem o ninho!
É a Lei da vida, mas sofri. Senti muito a sua falta.
A casa ficou a fazer eco!
Passados uns anos, começaram a nascer os netos...e aos poucos a casa voltou a ter mais vida dentro dela!
A minha filha- Foto das carinhas com seis meses de idade.
O meu filho- Foto das carinhas com seis meses de idade.
Estas duas fotos ( não em muito bom estado), são de duas colegas e amigas, de estudo.
A primeira , de seu nome, Isabel Borges Garrido, Belita ), era filha do Comande Garrido, que prestava serviço aqui no Batalhão de Imfantaria nº. 17.
Fizemos uma boa Amizade. Como eles moravam no Palácio dos Capitães Generais, ela organizava umas festinhas, e tinha a gentileza de me convidar.
A nossa Amizade foi crescendo. Quando ela soube que tinham de voltar para o Continente ( mais cedo do que era provável), levou-me ao seu quarto, e tirou uma medalha de prata, com o Anjo da Guarda e deu-me, dizendo: -" Ficas com o meu Anjo da Guarda, para que nunca te esqueças de mim!"
Nunca a esqueci, e até já tentei saber alguma coisa acerca dela. Quando havia o programa ; "ponto de Encontro" eu cheguei a escrever e enviei foto-cópia da foto...mas não recebi resposta.
A medalha com o "Anjo da Guarda" ainda existe. Esteve à cabeceira dos berços dos meus filhos, e depois na caminha da minha neta Joana.
A outra amiga, chamava-se Maria da Conceição Machado. Morava na Rua da Sé. Ela tinha um gira discos, e na época era uma raridade.
Nós íamos depois das aulas, para lá oara casa ouvir as nossas músicas preferidas de então.
Roberto Carlos, Adamo, Gigliola Cinquenti, e outros. A mãe fazia sempre uns laches maravilhosos, e jamais me esquecerei do Bolo de Ananaz que era uma delícia.
Esta minha amiga casou com um rapaz do Continente. Nunca mais oube nada nem de uma nem de outra.
Quem sabe alguém ao ler este pots, saberá algo acerca delas?1
Ficaria muito Feliz!
Em 1986, foi um êxito uma canção do Elton Jonh: "Nikita"!
Nesse ano, vivia cá em casa,uma moça do Continente, que estava cá a estudar.
Essa moça, adorava a música "Nikita", e eu tinha o Single e de vez em quando lá o punha no gira-discos...era a canção em voga, por isso se ouvia com mais frequência.
Mas, a minha amiga, adorava por demais essa música, e então lá me pedia com uma voz muito meiga: - "Oh Chica, posso ouvir mais uma vez a "Nikita"?
Ao que eu acedia de imediato, com prazer!
Ela foi embora...já lá vão muitos anos, mas nunca me esqueço dela, nem da sua música preferida. Guardo o Single com muito carinho, e quando for a Lisboa, vou levar de presente à minha amiga Isabel.
Queira Deus o possa fazer, pois a minha querida amiga está muito doente, mas creio em Deus, e tenho Fé que a minha amiga ainda vai viver muitos anos, e possamos estar juntas nesse dia em que eu lhe levar o seu Single preferido: "NIKITA"!
Desde criança, que me lembro de guardar muitas coisas. Coisas, que sem serem de importância para a maioria de outras crianças, eu já guardava. Dou o exemplo: pratas de chocolates, folhas, trevos e flores que secavam dentro dos livros, uma borboleta amarela, que sequei e acho que ainda a tenho guardada...enfim, sempre fui e sou muito "saudosista"!
Namorei o meu marido em 1965, e quando íamos ao cinema, guardava os bilhetes da sessão, guardava a prata do chocolate se ele mo oferecia!
Quando ele foi para o serviço militar., para a ilha de S. Miguel, comecei a guardar numa caixa de sapatos, as cartas de amor, que ele durante 10 meses me enviou!
Até arrumei as embalagens vazias dos maços de tabaco que ele na época fumava.
Guardei um atacador de uma bota, um cestinho feito com arbustos (rabo de gato), um pauzinho que ele com o seu canivete esculpiu o seu nome e o meu, e a palavra "Amor", e a data respectiva!
Hoje, todas estas pequenas (grandes) coisas, fazem parte das minhas doces e boas recordações!
As minhas "Cartas de Amor"!