Acabei de ler o livro com este título: SOBREVIVENTES, do qual adorei a leitura!
Li-o de um sôfrego!
Mas...não fiquei indiferente ao seu profundo conteúdo!
Na contra capa do livro está escrito: -« Quem começa uma leitura destas não desiste mais.
Sente-se preso por dentro. Leia, por favor, e sem perda de tempo, que não vai arrepender-se.»
Realmente foi o que aconteceu comigo. O livro é composto por seis histórias, todas diferentes, todas muito profundas.
São narrativas de pessoas que tiveram a morte à frente dos olhos. A tragédia parecia inevitável.
A esperança, a crença, a força humana salvaram-nos.
Diz-se que a esperança é a última a morrer.
SOBREVIVENTES é o livro onde a esperança de todos nós volta a nascer.
Recomendo a todos os que cultivam o gosto pela leitura, que o leiam, pois vão certamente enriquecer-se como Ser Humano!
Tenho por hábito, quando o livro é meu, o que é o caso, sublinhar algumas frases, que me apelam mais à atenção, ou até mesmo, o que acontece com frequência, algumas dessas frases, parecem terem sido escritas directamente para mim..."un dejá-vu"!
Talvez, porque na minha já longa caminhada de vida com sessenta e dois anos, muito sofridos, muito intensos, muito tatuados na carne e no coração, neste livro encontrei muitas frases que fazem todo o sentido!
Por exemplo: -"uns jornalistas perguntaram a uma anciã, para ela o que eram os Recados de Fátima?"
Esta respondeu: "Ouço e aprendo, choro e quero ajudar os outros. Isto é, nunca devemos desistir de nada, temos de ser solidários.Temos de ter capacidade de ter compaixão.
Ainda anda por cá, na memória do meu coração, a resposta daquela anciã.
Acerca de um jovem que queria muito ser um Futebolista de nome Internacional, viver numa grande cidade, ser financeiramente independente, enfim, ter um futuro promissor.
Infelizmente a Vida trocou-lhe as voltas.
Quando começou a haver dinheiro, começaram as complicações.
Mudou de Clube.
Na época seguinte a carreira desse jovem que já tinha sido campeão pela Equipa em que jogava desceu de divisão, e a carreira desse jovem promissor não dá o salto que ele esperava.
Vitor (nome fictício), ficou a conhecer a outra face da moeda.
Entrou num mundo onde não havia respeito e os sonhos eram espezinhados.
Num momento muda tudo.
Vitor, sofre um acidente de viação, e infelizmente teve de amputar uma perna.
Para Vitor, o sonho acabava ali.
Chorou muito...nem queria ver os amigos.
E....avançando nesta narrativa, pois não vou contar toda a esta história, passados muitos meses de sofrimento físico e psicológico, Vitor disse num dia; -«Que era ele que tinha de vencer a dor e não a dor vencê-lo a ele!»
Esta frase tocou-me bem fundo!
Tenho lutado tanto para vencer a DOR, e a DOR não me vencer a mim!
Enquanto há vida há soluções.
Enquanto há força, vai-se á luta, não se baixa os braços.
Não é fácil, mas ninguém disse que viver era fácil.
Eu sinto que as coisas estão mal, mas ao mesmo tempo sinto que ainda sou eu...que ainda vou tentar lutar com as muitas ou poucas forças que me restam!
Eu não me importo que me digam as coisas. Pode demorar uns dias a entrar na cabeça, mas depois entro no caminho.
É melhor ter noção da realidade do que uma falsa esperança que não interessa nada.
E quanto mais rápido melhor.
A ansiedade de não saber é que é muito difícil.
Tenho que fazer mais uma colonoscopia, e estou desejosa de a fazer...de saber como estão os meus intestinos, após a cirurgia, que fiz já vai fazer no dia 2 de Abril, um ano.
Também tenho de fazer duas TACS- Cervical e Lombar, e uma RM (Ressonância Magnética), e este exame causa-me pavor, pois sofro de claustrofobia. mas tenho de me mentalizar que tenho de o fazer!
Por estranha ironia do destino, tinha todos estes exames, mas estão fora do prazo de validade.
Num outro capítulo deste mesmo livro -SOBREVIVENTES - um médico defende que eles deveriam partilhar ainda mais informação, adaptando-se ao perfil do doente.
«Acho que se esquecem e ouvem pouco a opinião dos doentes.
O doente é que tem de decidir o que quer fazer, depois de ter tido uma explicação sem palavras complicadas, clara e precisa.
As pessoas tem de entender que muita decisão clínica tem que ver com a cultura do médico que está a propor e com a do próprio doente.
E quem está a decidir não se pode esquecer que quem sofre somos nós e não os médicos que determinam as terapêuticas.»
Eu não tenho medo da Morte.
Essa é uma coisa que já resolvi há muito tempo na minha cabeça.Para mim isso é algo que é perfeitamente normal neste momento.
Tenho sim, pavor à dor, ao sofrimento diário e martirizante, aos exames mais evasivos, à situação de ficar dependente de outros, ao ter que ficar numa cama sem nada poder fazer, até ao último dia da minha vida!
Sei que sou MORTAL, que é essa a condição de todos nós, tal como tantos heróis saídos de lutas desiguais, é reconhecidamente um SOBREVIVENTE!
Mais uma narrativa que nos faz pensar.
Como estás esta semana?
Espero que estejas excelente!
Mais uma semana para se fazerem grandes coisas.
Esta semana deparei-me com algumas situações de pessoas que no seu dia a dia
se auto-limitam e desistem antes de começar.
Já me habituei a fazer pequeninas coisas e a ir melhorando rapidamente para poder
atingir maiores e melhores resultados, sem ter de esperar por "ter os semáforos todos verdes".
Atira-te às pequenas coisas com a convicção de que vais conseguir.
Não esperes mais...avança!
Experimenta esta semana.
Começas por onde?
O passado já passou.
O presente está já de saída.
O Futuro está quase a começar.
EU VOU COMEÇAR JÁ HOJE!
CHICA
A felicidade está na tranquilidade da consciência, no cumprimento do dever e na coragem em enfrentar a vida.
Também está em nos confrontarmos com a própria sorte, nas boas obras e serviços desinteressados, no culto da amizade, no sacrifício do egoísmo pessoal, no respeiro pela maneira de ser do próximo e na conservação de amizades sólidas.
A felicidade está ainda nas boas intenções e naquilo com que somos recompensados pelos pequenos sacrifícios que fazemos para tornarmos feliz o nosso semelhante!
CHICA