Escritora carismática (Ilha de S. Miguel) 13-9-1923 - Lisboa, 16.-3-1993. Da poesia à prosa, com o teatro a sair-lhe da sua arte de comunicar.
Exaltante. Polémica. Combativa.
(...) A palavra directa é firme, na escrita como intervenção política em defesa da viv~encia democrática - era uma investigadora do ser.
São palavras suas: "Sou da Ilha das línguas de fogo. Com elas aprendi a metrificar o espírito. O indizível".
O reencontro com a imensidão do mar apaziguava-a sem a deprimir. Ao contrário indendiava-lhe a vontade do grito: "Não Antero, meu Santo, não me mato
Antes que me zango até ficar como um cacto. Quem me tocar, maldito!(que se pique...")
Estes versos evocando o poeta Antero de Quental traduzem o todo da autora de Somos Todos Hispanos, um trabalho voltado para "o reforço de uma identidade nacional"
Chegou a hora romântica dos Deuses nos pedirem a desobiência.
Faço-lhes a vontade. a partir de hoje, se alguém me quiser encontar. procure-me entre o riso e a paixão.
in "A ILHA DE CIRCE"