Por volta da 16h e 30, mais coisa, menos coisa, fomos com destino a Stª. Bárbara.
Eu, meu marido, a minha amiga Rosa e seus filhos.
Passámos pelo belo Porto das Cinco Ribeiras, e logo, de máquina em punho captámos as seguintes imagens:
Costa Norte
Por canadas e canadinhas, eh! Para já aqui, olha estas magníficas "Chaminés Algarvias"
Muito branquinhas, caidas a cal...
Lá vamos nós à procura do Lugar do Pézinho...
Lá está a seta a sinalizar bem o lugar.
Lá está a forma de um pé, numa rocha dura e preta...se é de Nossa Senhora ou não, não interessa, mas sim a crença de um Povo!
Durante todo o ano, existe ali água fresquinha. Parei, rezei uma Avé-Maria e molhei minha mão com que me benzi!
É um lugar de culto para muitos fiéis da freguesia e não só!
Uma ribeira( que no verão está seca) desaguando para o mar...
Uma velha ponte...
Arcos em pedra, num local maravilhoso para se merendar...encontamos lá uns amigos do meu marido.
Um arco de pedra, sobre o leito seco da ribeira...
Uma antiga "pia" de lavar roupa, emoldura também aquele espaço...
Grutas, obras de arte da Natureza!
E guardo para o fim a descoberta derradeira deste agradável passeio...
Una renovada Praça de Toiros, que existia no passado, e que bem poucos saberão da sua actual existência!
Vale a pena ir passear por aquelas bandas!...
Passeio inesquecível, para todos nós!
Já programa-mos algo mais para sábado!...
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Sinto uma dor e tristeza no meu coração!
Como posso fingir que meu coração não dói muito, todos os dias?
Quando outros falam de seus filhos, dá um nó na garganta e tenho de me controlar para conter as lágrimas.
Tem sido difícil para mim suportar isto, porque é doloroso pensar que aqueles a quem mais amo, são indiferentes para comigo!
Talvez seja difícil para alguns que nunca passaram por esta situação, entender como isto está a ser devastador. Praticamente todos os aspectos da minha vida estão a ser afectados...não durmo, aumento a dose de antidepressivos , mas mesmo assim até os bons momentos são ofuscados, pelo vazio e tristeza que sinto!
O laço entre familiares pode ser especialmente forte,...portanto não é de admirar que esteja em estado de desânimo, ao aperceber-me da perda desses laços, de seres que me são queridos.
Dependendo da sua situação pessoal, de momento não sei como expressar os meus sentimentos, para que não seja mal interpretada.
Meu primeiro impulso foi me isolar como um animal ferido. Embora eu não queira, choro todos os dias!
Culpo-me ao olhar para trás, e arrependo-me por não ter lidado com algumas situações de modo diferente.
Acho que cometi alguns erros, e que esses erros foram mesmo a minha culpa.
Mas isto não quer dizer necessariamente que esses erros foram o motivo de as pessoas que me amam, me terem abandonado!
De qualquer forma, não há nada a ganhar por ficar pensando: "se eu tivesse feito isso ou aquilo..."
Se eu pudesse carregar num "botão", e, emendar tantas coisas na minha vida! Parava o tempo na época em que os meus filhos eram crianças...recomeçar a educar e ensinar-lhes tantas coisas que não lhes ensinei!
MEA CULPA !
Só passando e sofrendo na pele...um dia, talvez, pensem neste desabafo desta mãe triste e imcompreendida!
A obra de Florbela é a expressão poética de um caso humano.
Decerto para infelicidade da sua vida terrena, mas glória do seu nome e glória da poesia portuguesa, Florbela viveu a fundo esses estados quer de depressão quer de exaltação, quer de concentração em si mesma, quer de dispersão em tudo, que na sua poesia atingem tão vibrante expressão.
Mulheres com talento vocabular e métrico para talharem um soneto como quem talha um vestido; ou bordarem imagens como quem borda a missanga; ou (o que é menos agradável) se dilatarem em ondas de verbalismo como quem se se espreguiça por nada ter que fazer, que dizer - naturalmente as houve, e há, antes e depois da vida de Florbela.
Também ,decerto, apareceram na nossa poesia autênticas poetisas, antes e depois de Florbela.
Nenhuma porém, até hoje, viveu tão a sério um caso tão excepcional e, ao mesmo tempo, tão signifificativamente humano.
Jorge de Sena dirá: tão expressivamente feminino.
José Régio.
Se por minhas palavras quisesse fazer a descrição poética de Florbela, não encontraia palavras que a descrevesse tão profundamente.
Adoro a sua poesia. Tenho , "Poesia Completa" e "Sonetos", desta grande poetisa, com a qual me identifico sobremaneira.
Deixo-vos o meu Soneto preferido :
AMAR!
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amra ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!..
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder...pra me encontrar...
Se repararem para a hora em que estou escrevendo este post , dar-se-ão conta que são 7 horas da manhã.
Mas, já estou há muito sem dormir... não consigo, nem com soporíferos .
O meu sono é em sobressalto...já ando assim há dias, e se assim continuo, terei de ir pedir ajuda à minha psiquiátrica.
Estou cansada, pois se não durmo, reflecte-se depois durante o dia...e até a escrever e a falar estou com dislexia.
Sinto já um enorme cansaço não só físico, como psicológico!
Se ao escrever o que sinto, estou a expor a minha vida, porque não o fazer'
Primeiro por sou adulta e até agora estou em pleno uso das minhas faculdades mentais, ( só não sei por quanto tempo mais), segundo porque faço deste meu blog, um diário onde conto as alegrias e tristezas...estas últimas abundam mais nestes meus últimos desabafos!
Quem dormisse como esta linda bebé...um sono descansado!...
Por volta das cinco horas da tarde, fomos até à Lagoa das Patas.
A minha amiga Rosa e seus filhos foram connosco e passou-se um belo bocado da tarde que já findava!
Sempre que lá vou, há motivos de sobra para se fotografar, senão vejam...
As tonalidades dos verdes, e os amorosos patinhos...
O reflexo das árvores na lagoa...parece que o mundo gira ao contrário...
O riacho, agora seco mas deixando sua marca...
A bonita "cobertura"" que serve de apoio às pessoas, quando chove.
Esta tonalidade de azul, que captei na lagoa, no final de tarde...
E esta mais linda ainda...
Concluindo com este lindo pato branco, deslizando sobre as calmas águas da Lagoa.
Entre os fetos, um raminho com amoras...
Amoras vermelhinhas
São amraguinhas
Amoras pretinhas
São tão docinhas!
Por breves momentos, deixei-me levar nas asas desta linda Borboleta! Voei...Voei!...