"Terceirense", ferrenha!
Sou e sempre serei uma "Terceirense, ferrenha!
Não me canso de enaltecer a minha Cidade, procurando ser justa no que na minha perspectiva acho ser correcto e digno de se dizer e observar.
Não me canso de passear pelas mesmas ruas de Angra, deleitando-me com a panorâmica das suas lindas e imponentes varandas . Não me canso de pousar os pés sobre as suas calçadas e passeios, trabalhados por mãos mestras na arte de um anónimo calceteiro!
Não me canso de olhar para as casas centenárias e palacetes com arquitectura magnífica!
Diz-se, - "Que quem têm um olho é Rei"
Eu sinto-me a Princesa de um pequeno e belo reino, que é a minha Mui Nobre Cidade de Angra do Heroísmo!
Mas quantos "cegos", por ela passam?!
E são mais os naturais e residentes, que por ela passam e não a vêem, "com olhos de ver"!
Os turistas talvez até observam com muito mais pormenor e rigor. Ainda há dias, passeava eu, na Rua da Sé e ouvi o seguinte comentário: -"Que linda é esta cidade!"
Olhei para trás e apercebi-me que era uma senhora oriunda do Continente, que tinha proferido tal exclamação.
Era alguém com poder de observação... e com olhos na cara para VER!..
Mas comentei apenas com o propósito de lhe relembrar que a nossa ilha tem 30 freguesias que estão divididas por dois concelhos, se dizes ser "Terceirense Ferrenha" discreves muito mal a ilha... O ferrenho terceirense vê a ilha como um todo...
Na minha cidade (Coimbra) há uma avenida (Av. Sá da Bandeira) ladeadas de belíssimas casas do final do século XIX, inícios do século XX. Embora quase todos os dias lá passasse, muitos pormenores passaram-me despercebidos durante anos até que, já pelos 30 anos, por lá passei com uma professora especialista em arte dessa época que nos chamou a atenção para a arquitectura de algumas casas.
Não haja dúvida que, por vezes , conhecemos mais das terras que visitamos do que das nossas.
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Janeiro 2017
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"MEU POEMA"
Toda a vez que eu choro Há um sol que ignoro Um mundo lá fora Que não se compadece É tempo perdido E este meu ar sofrido Está de mim cansado Sempre que eu me escondo É por cobardia É esta mania de me anular O que eu tenho mesmo No fundo, no fundo… É medo de amar! CHICA
