Amanhã, bem cedo vou para o aeroporto, pois o voo é às 7:45h da manhã.
Devo chegar ao Porto, por volta das 11horas, se tudo correr bem, nem houver atraso.
Pelas 4 horas tenho consulta, e depois vou para Gondomar.
Estou triste e angustiada, não por ter medo de andar de avião, porque não tenho nenhum receio, mas por outras razões!
A vida é muito complicada...e nem sempre os mais próximos, estão do nosso lado nos momentos em que estamos mais em baixo e precisamos mais de nos sentirmos amados e acarinhados.
Eu, infelizmente tenho sentido bem na pele, o que é a Solidão no meio de muita gente!
Com a idade estou mais fragilizada, pois eu era muito independente e autónoma, e agora já não sou a mesma pessoa...dependo muito do meu marido, mas ele infelizmente não pode de maneira nenhuma ir comigo.
Não vou passear, vou por doença, o que me deixa mais fragilizada.
Mas...tenho de ir à luta, mesmo com alguma dificuldade e tristeza pelo meio!
Até ao meu regresso, lá para 7 de Agosto, se não houver nada em contrário.
Deixo beijinhos e amizade para os meus amigos e visitantes deste meu blogue.
Se me perguntarem qual é a minha convicção política, a resposta é uma só: Liberdade!
A liberdade é o maior bem de toda a humanidade.
Não há progresso, não há elevação de nenhuma espécie, com o cerceamento da liberdade.
Governo que aprisiona as idéias do seu povo, será sempre um governo medíocre.
A entidade, comercial ou não, que não admite concorrência, está fadada ao fracasso.
O homem ou a equipe que tenta amarrar idéias, como se prendiam escravos no tronco, será sempre um senhor de engenho, jamais um rei. E nessa senzala, eu espero jamais estar.
Que valor teria a iluminação dos fogos de artifício, se eles fossem utilizados dentro de uma sala escura, e visto por meia dúzia de pessoas?
Que alegria teria o sorriso de uma criança, se ela só pudesse rir para os seus próprios pais?
Ensina-me a rezar, moço... mas será que Deus sabe que você anda apregoando que o mundo foi feito para um grupo seleto de pessoas? Que triste...
Mais que triste, é digno de piedade, muita piedade.
Uma mente que poderia ser brilhante, mas que é simplesmente um parafuso, encaixável numa única peça, é uma mente morta, irremediavelmente morta.
Se sou parceira do mar, não posso sequer pensar em represá-lo só para mim. E ele também jamais faria isso.
Liberdade! Sinônimo de amor, respeito, amizade, dignidade, sabedoria e sobretudo: PAZ!
Terê Penhabe
Hoje estou com mau estado de espirito!...
Depois de amanhã, vou para o Porto, de volta à médica e saber resultados de análises que fiz há dois meses.
Mas vou sozinha, pois o meu marido não me pode acompanhar, por causa do seu serviço.
Eu estou muito embaixo...muito triste e hoje já chorei muito.
Sei que tenho de ir, mas não me apetecia mesmo nada!
Deixar a minha casa, o meu marido e ir por aí abaixo sozinha, cada vez me é mais difícil!
Com a idade estou mais frágil e mais sem forças para enfrentar e lidar com certas situações.
Desta vez, ainda me custa mais do que a última, que foi precisamente há dois meses.
Mas...lá terei de ir!
O que pensam as pessoas, sobre chegar-se aos cinquenta anos?
Depende muito da idade de quem está pensando.
Para uma criança de 10 anos de idade, chegar aos 50 anos, é ser, incontestavelmente, avô ou avó de muitos netinhos.
Dar bons presentes no Natal, ser deixado de lado nas festas de aniversário porque são lugares onde geralmente tem muito barulho e os avós nunca gostam do barulho que as crianças fazem, mas mesmo assim, são eles que compram os melhores presentes, ou pelo menos, os que o neto mais gosta, ainda mais se as roupas puderem ser compradas pelos pais.
Enfim, para os miúdos de 10 anos, ter cinquenta anos equivale a ser um cofrinho, só que bem mais poderoso que o deles, e onde as moedas não fazem barulho.
Mas e quando chega os 20 anos?
Para os jovens de 20 anos, ter cinquenta anos é ser antiquado, ter dores embaixo, em cima, do lado, enfim, a decrepitude em pessoa.
Estorvo: é como eles vêem as pessoas de 50 anos. As músicas e filmes que povoam as lembranças dos cinquentões não provocam aplausos nem vaias nos jovens de 20 anos, provocam algo que eles expressam com "UahUahUah", que infelizmente eu não consegui definir o que seja.
Eles tem absoluta convicção de que não chegarão lá, ou melhor, pensam que chegarão aos 50, com o vigor dos 25, é mais ou menos isso.
A grande maioria acha também, que as mulheres de 50 anos são muito mais velhas que os homens da mesma idade, principalmente se os homens tiverem cabelos grisalhos e se parecerem com o Antonio Fagundes ou Richard Gere.
Mas tem a turma dos trinta.
A avaliação dos cinquentões melhora consideravelmente aos olhos dos que têm 30. Não são mais tão velhos, passam a ser "maduros".
Afinal, começa-se a aceitar a idéia de que todos, crianças ou não, vão ter que encarar o "maledeto" 50, mais cedo ou mais tarde, dependendo de como for a vida. Se ela estiver boa, passa como um raio. Se as coisas se complicarem, arrasta-se sonolenta e desesperadoramente.
Mas, lentamente ou não, chegamos à turma dos quarenta.
Para esses, ter cinquenta é ser menino ainda, principalmente depois que o "rei" Pelé lembrou a todos que a vida começa aos 40.
É mais ou menos nessa época, nos 40, que descobrimos o espírito. Sim, porque a partir daí, precisamos dele para dizer que ele não envelhece, que tudo depende de como você encara a vida, que ser jovem é um estado de espírito, e "blá blá blá". Só "blá blá blá" mesmo, porque as rugas estão lá, traiçoeiras e atrevidas.
Você pode esticar feito a Glória Menezes e parecer que está rindo, quando está chorando, mas eu ainda sou de opinião que é melhor não bolinar nas danadas das rugas, porque quanto mais estica, mais o caldo entorna, essa que é a verdade.
Mas o designativo "menino(a)" é a marca registrada dessa idade, porque eu garanto a vocês, que nunca fui chamada de menina tantas vezes, como na última década.
E agora vou chegar aos 50... já estou na contagem regressiva, se é que se pode chamar assim. Então, eu mesma vou dizer como é ter 50 anos, para quem está quase lá...
Você acorda de manhã, cara amarrotada e feia, porque todo mundo é feio com 50 anos de manhã, olha para o espelho, com cara de poucos amigos, pensa um pouco, só um pouco e diz lá com seus botões: -"Putz, você já viveu um bocado, hein?!"
E sai pra vida, como se tivesse 20 anos...